segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Il faut s'abriter

Visitei uns 10 apartamentos . Alguns muito velhos, outros mais ou menos velhos.Uns excelentes e caros, outros uma espelunca e também caros. Aqui tudo é velho, antigo. O que é novo é caro e o que é velho também é caro. Esses mais velhos, não sei os novos, possuem o vaso sanitàrio separado do resto do banheiro, como se voce estivesse na quarentena, de castigo, na solitària. Rsrsrs… Todos os proprietàrios, os mais velhos, mais rìgidos, exigem milhões de documentos, como no Brasil, claro, querendo saber se voce tem dinheiro. Se voce tem uma conta no banco, mesmo que vazia, pronto, voce tem dinheiro e pode alugar qualquer coisa. Mas pra voce ter uma conta bancària, tem que ter um atestado de residencia para poder receber as coisas do banco, ou seja, um cìrculo vicioso. Sem casa, sem conta no banco. Sem conta, sem casa. Enfim, um caos. Depois disso resolvido, e depois de muitas preces, encontrei o lar doce lar. Sim, uma fortuna se comparado ao alojamento universitàrio, mas enfim, nada aqui é barato, principalmente se voce tem mais de 28 anos e é estudante. A proprietària foi muito gentil. Comprou vàrias coisas novas, panelas, telefone, microondas, deixou até um cobertor, toalha, foi me buscar no alojamento de carro para me ajudar a pegar as minhas tralhas. E se esqueceu a um tempo não muito longo, penso eu, das burocracias que ela exigiu no anùncio.

Ah, o alojamento. Foi isso que me permitiu ter o atestado de residencia para abrir a conta no banco. Logo quando cheguei aqui fui pro alojamento, mas me assustei um pouco com tudo, pelo vazio do lugar, a mulher que me atendeu, pessoas, enfim. Daì a Fernanda, uma amiga que està fazendo o mesmo curso desde o ano passado, me segurou por 4 dias na sua casa. Mas depois saì de là e fui encarar o alojamento. Como era férias quando cheguei, estava tudo vazio. Mas tudo se saiu bem. Não é o melhor lugar do mundo para morar por um ano, mas quebra um galho se voce quer economizar. Ah, o banheiro é comunitàrio, homem e mulher, vaso e chuveiro sem distinção de sexo. Achei bizarro no inìcio, mas como me disseram que aqui as pessoas não tem essa coisa da sexualidade muito presente, encarei na boa. E foi simples. Tomei banho com o cara do chuveiro ao lado (fechado por divisòrias e não paredes, e portas, é claro), sem o menor problema. Esbarrei por pessoas no corredor enroladas na toalha… Depois de uma semana là, quando jà estava me acostumando com as coisas, conhecendo pessoas, fazendo amizades, tive que deixar o lugar. Maldita idade que vai chegando…. Mas como bem disse a Erika, amiga que eu hospedei por dois dias, meu cafofo novo é muito fofo e dà pra fazer uma mini-festinha aqui de vez em quando "sem muito barulho".

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